terça-feira, 24 de agosto de 2010

Segunda semana de aula, e eu já estou morta.
Os professores assustam, eles passam uma lista enorme de livros que TEMOS que comprar/arrumar/xerocar, fora as xerox com textos complementares...meus olhos doem de tanto ler. rs Mas confesso que no fundo gosto de ler, gosto de conhecer um novo mundo, um novo lugar,uma nova história. As vezes fico me perguntando, como tanta coisa pode ser transmitida através de um livro. 
Ler uma história,se encantar com ela e viajar dentro daquele universo, é algo mágico; A literatura nos dar a chance de torna real e existente tudo aquilo que é irreal e inexistente, pois toda " ficção" pode se tornar algo real, isso só depende do universo em que a mesma é criada. 
Quantos personagens fazem parte do nosso mundo, quantos personasgens mexem com a gente, muitas vezes nos fazendo refletir por tal atitude que tomamos, ou até mesmo por levarmos aquele personagem pra sempre conosco ?
Se antes eu já pensava nisso tudo, atualmente estou pensando muito mais, as aulas de teoria com a bela e sexy Marta Alkimin estão me fazendo refletir muito sobre os meus conceitos, estou lapidando eles e chegando a conclusões incríveis, coisas que eu nunca havia pensando antes. 
Enfim, até agora posso dizer que este 3º período esta sendo o melhor, estou finalmente tendo váaarias matérias envolvendo literatura e tive a sorte de conseguir ótimos professores .
Esse período será de pura dedicação, então não prometo atualizar o blog com muita frequencia. 
Pretendo, com as próximas aulas de teoria, aprimorar e melhorar os meus conhecimentos sobre ficção, fantasia, essas coisas, para poder finalmente passar uma idéia legal pra vocês.
Ps: Um maldita coisa estranha me pegou, prefiro chama-la de virose, alergia, sei lá. Só sei que desde segunda- feira, depois da aula de italiano, estou com MUITA dor de cabeça,dor de garganta e dor no corpo já tive até febre. Com toda certeza isso é consequencia daquela biblioteca acarenta da UFRJ, nossa lá fede tanto a guardado e os livros estão muito amarelos, a cada página virada uma espirrada. rs Tá teenso . rs 

Um trecho da minha querida escritora, para refletir:

ISSO É MUITA SABEDORIA

Quando fazemos tudo para que nos amem e não conseguimos, resta-nos um último recurso: não fazer mais nada. Por isso, digo, quando não obtivermos o amor, o afeto ou a ternura que havíamos solicitado, melhor será desistirmos e procurar mais adiante os sentimentos que nos negaram. Não fazer esforços inúteis, pois o amor nasce, ou não, espontaneamente, mas nunca por força de imposição. Às vezes, é inútil esforçar-se demais, nada se consegue;outras vezes, nada damos e o amor se rende aos nossos pés. Os sentimentos são sempre uma surpresa. Nunca foram uma caridade mendigada, uma compaixão ou um favor concedido. Quase sempre amamos a quem nos ama mal, e desprezamos quem melhor nos quer. Assim, repito, quando tivermos feito tudo para conseguir um amor, e falhado, resta-nos um só caminho...o de mais nada fazer.

(Clarice Lispector)

segunda-feira, 16 de agosto de 2010

Volta as aulas :)

Hoje o meu dia foi incrível ! 
Finalmente as férias acabaram, tá bom , eu de fato gostava delas, mas ver meus amores todos os dias, poder abraça-los, conversar e fofocar, não tem preço.
Tudo bem que o fato de não fazer nada é legal, mas mesmo com tooodo o estresse das matérias e das provas, juro que prefiro ter aula do que ficar de férias por um longo período. É tão bom rever as pessoas, poder abraça-las, se sentir útil, é bom ter uma " responsabilidade " as vezes. 
Acho que esse semestre será melhor que o outro, pois as santas matérias referentes a literatura, matérias que eu tanto queria ter, finalmente terei !
Tive a primeira aula de FundBras, não vou dizer que foi chata, mas odiei o fato de ter que ler contos de literatura infanto-juvenil, tá eu sei que é importante, mas um semestre inteiro só disso? rs Quem sabe eu goste né? rs A professora de Port, a tão temida Marília, gente me surpreendi, eu imaginava a mulher como uma velha, chata, mal amada e mocoronga, afinal todo mundo estava falando mal da mulher da comunidade.E a tal professora, é nova, e totalmente diferente do que eu pensei, ela não tem cara de boazinha, mas parece que dará uma boa aula... sinto isso :)#oremos.
 O Engraçado hoje foi a minha ida ao departamento de vernáculas, cheguei lá pra reclamar e do nada começo a conversar com a Maria Eugênia sobre Chico Buarque, não prestou, a mulher é mais viciada que eu, e ainda deu aqueles gritinhos, do tipo ' Ai o CHICOOOO, e os olhos brilhando.
 É as pessoas não gostam de Chico Buarque, pessoas Amam, pois apenas gostar é impossivel. ♥ 
Enfim, meu dia hoje foi ótimo, ri demais,matei a saudade e a minha tão amada rotina voltou.
Tomei a minha média com a Nanda, apertei e me esquentei no Bruno várias vezes,peguei a minha carona com a Helena e a fiz rir com o meu pique matinal,agarrei a Jeanine de jeito e tentei pega-la no colo,tão lindinha, e nem maltratei o Zé( isso foge da rotina. rs)
Mas sabe qual a pior parte? Hoje nem tive matéria direito e já estou cansada, e já dormi. =S

 É o Tchan . rs [Nada como o trailer da letras, o sanduíche e o Guarativa ZERO]


Meu preto ♥


Metade ♥

A minha caloura ♥
Para finalizar esse tão lindo dia, nada como um belo poema.


— August 16, 2010 —

Eu não aparecerei quando tu chamas,
           Pois estou já contigo ao teu chamar.
Quando em ti penso, estás dentro de mim,
           E tudo é já teu próprio pensar.

Tua presença de ausência se veste
           Em teu corpo, onde a alma escondida.
É em minha mente que inteira estás
           E é em mim que tu és possuída.


Fora de ti, dado ao espaço e ao tempo
           Teu corpo, mero tu, de mim ausente,
Partilha a mudança, o tempo e o lugar,
           Pertence a outra lei, de ti diferente.

No meu sonho de ti nada te altera
           Em outra, que contigo se compara.
Tua presença corpórea é só a parte
           De ti, que a ti de ti separa.

Por isso chama, mas sem me esperares.
           Tua voz, ao meu sonho acrescentada,
Juntará mais beleza ao meu pensar
           Teu corpo, vivo na mente habitada.


A tua voz ouvida da distância
           Mais aproxima tua sonhada presença.
Mais nítida e clara que parecia,
           Na minha fantasia fica imensa.

Não chames mais. Tua voz duas vezes
           Repetida no espaço verdadeiro,
Quase seria como a realidade.
           O segundo som, o eco do primeiro.

Chama uma só vez. E que eu imagine
           No segundo apelo, de olhos cerrados,
A visão do teu corpo a cintilar
           Na memória visível dos teus brados.

O resto será teu prolongamento,
           Olhos fechados p’ra não sentir,
No apelo premente de meu sonho.
           Fica longe, calada, mas sem vir,

Pois virias perto de mais à vista
E de meu pensamento irias para ti
          Vestindo em mim teu corpo sonhado
(O sonho do teu corpo é infinito)
          Com teu limite, o visualizado.
Fernando Pessoa

sábado, 14 de agosto de 2010

Uma música, com uma certa letra


Acordei com uma imensa vontade de ouvir música, peguei meu mp4 e coloquei na minha amada pasta de mpb. Achei uma música da Ana Carolina, quando vi o nome não me lembrava que música era, então resolvi escutá-la.  
" Confesso " é nome da música; me identifiquei com ela, além de achar a letra liiinda...
  Com isso, resolvi compartilhar com vocês esta linda música.
Acho que essa letra serve pra uma reflexão, ou sei lá, vai que hoje estou pensativa além do normal pra variar. rs
Ps: Quanto a foto, ela foi tirada sob pressão em Guapi, pelo senhor Allan Nunes, o qual não compreendeu que eu não queria ser fotografada, mas não é que saiu boa a foto? rs Créditos ao fotógrafo. 

Confesso

Confesso acordei achando tudo indiferente
Verdade acabei sentindo cada dia igual
Quem sabe isso passa sendo eu tão inconstante
Quem sabe o amor tenha chegado ao final

Não vou dizer que tudo é banalidade
Ainda há surpresas mas eu sempre quero mais
É mesmo exagero ou vaidade
Eu não te dou sossego, eu não me deixo em paz

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Tanta coisa foi acumulando em nossa vida
Eu fui sentindo falta de um vão pra me esconder
Aos poucos fui ficando mesmo sem saída
Perder o vazio é empobrecer

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais

Não vou pedir a porta aberta é como olhar pra trás
Não vou mentir nem tudo que falei eu sou capaz
Não vou roubar teu tempo eu já roubei demais

Não vou querer ser o dono da verdade
Também tenho saudade mas já são quatro e tal
Talvez eu passe um tempo longe da cidade
Quem sabe eu volte cedo ou não volte mais


[Ana Carolina]

sexta-feira, 13 de agosto de 2010

Caminhos




  Minha vida anda estranha,por caminhos tortuosos.
  Não sei qual deles devo seguir, esta tudo escuro 
  e enxergar na escuridão é dom dos intuitivos.
  Ta aí uma coisa que me falta, intuição.
  Deve ser por isso que sempre entro no caminho errado
  e como lá é escuro, acabo pegando algo pensando que é uma coisa
  e quando volto a claridade, vejo que é outra coisa.



 Me decepciono, pego o que não esperava, o que não desejava.
 Para não guardar coisas demais comigo, vou jogando fora esses achados equivocados que de nada me servem, alguns até esqueço, mas outros permanecem em minha memória de forma latente,  devido a tamanha decepção que tal engano me causou.



O grande problema, é que jogo os achados equivocados em qualquer lugar e de modo inusitado,
 eles se tornaram uma trilha, que me leva a um só caminho, que me leva a um só lugar, o qual tem o que eu tanto procuro, o que tanto desejo, posso não ver, posso não tocar, mas posso sentir.
 É só eu fechar os olhos,  que posso sentir você bem na minha frente, de forma tão intensa que lágrimas inundam o meu olhar.


Este lugar é a minha memória, e o único caminho para chegar até ela é o pensamento, mas para encontrar o pensamento é necessário usar os achados equivocados como trilha, achados que fiz tentando me perder de você,ou até mesmo achados que fiz tentando te encontrar.
É só eu fechar os olhos que posso te sentir bem na minha frente.
Enfim, meus caminhos continuam escuros e tortuosos, mas as vezes encontrar a claridade é mais fácil do que se imagina, basta fechar os olhos.
[Ingrid Barbarioli]

sábado, 7 de agosto de 2010

Para afastar o desgosto do mês de agosto e querê-lo com muito gosto.

"Para atravessar agosto ter um amor seria importante, mas se você não conseguiu, se avida não deu, ou ele partiu- sem o menor pudor, invente um. Pode ser Natália Lage, Antonio Banderas, Sharon Stone, Robocop, o carteiro, a caixa do banco, o seu dentista. Remoto ou acessível, que você possa pensar nesse amor nas noites de agosto, viajar por ilhas do Pacífico Sul, Grécia, Cancún ou Miami, ao gosto do freguês. Que se possa sonhar, isso é que conta, com mãos dadas, suspiros, juras, projetos, abraços no convés à lua cheia, brilhos na costa ao longe. E beijos, muitos. Bem molhados.
Não lembrar dos que se foram, não desejar o que não se tem e talvez nem se terá, não discutir, nem vingar-se , e temperar tudo isso com chás, de preferência ingleses, cristais de gengibre, gotas de codeína, se a barra pesar, vinhos, conhaques-tudo isso ajuda a atravessar agosto."

Caio Fernando Abreu

sexta-feira, 6 de agosto de 2010

To sumida do blog, e olha que estou de férias . rs
É a preguiça, ultimamente só malho, leio e durmo.
Mas espero que a minha criatividade volte, preciso escreve, porém minhas idéias estão confusas, ta dificil escrever, me organizar e me expressar. Vou esperar os bons ventos.
Enquanto me encontro impossibilitada de escrever, vou postar um belo texto de um amigo meu. Uma verdadeira obra de arte. Zé, adoro o modo que você escreve, a sensibilidade que você escreve e como você escreve.


Floresta de vidro

O colorido inexistente dos meus sonhos
Vira vidro e some frente a verdade
Meus anjos perdem para os meus demônios
E quando me dou conta já é tarde

As horas passam e nada disso muda
Beijo a lona e outra vez vou a nocaute
A verdade é cada vez mais absurda
E as mentiras carregam minha vontade

As nuvens se desmancham em infinito
Tudo que eu queria era sumir
Minha garganta se desfaz num grito
Mas sou eu mesmo, não há como fugir

As paredes se fecham ao meu redor
Mais ninguém parece me escutar
Por um instante eu me sinto melhor
Mas a melhora logo vai sem avisar

E o vidro dos meus sonhos que eram cor
Estalam e começam a quebrar
Frente à verdade, o verdadeiro horror
Um horror que só eu posso enfrentar

As nuvens se desmancham em infinito
Tudo que eu queria era sumir
Minha garganta se desfaz num grito
Mas sou eu mesmo, não há como fugir

Na floresta de cacos do que fui
Nos pedaços que eu tento em vão juntar
Percebo que é mais simples destruir
Do que se esforçar para criar

Com os pés arrebentados e sangrando
Percebo que não há como parar
Respiro fundo,sigo em frente, vou andando
Talvez um dia eu consiga me encontrar

As nuvens se desmancham em infinito
Tudo que eu queria era sumir
Minha garganta se desfaz num grito
Mas sou eu mesmo, não há como fugir
[Marcos Costa , O Zé do fundão]