sexta-feira, 6 de agosto de 2010

To sumida do blog, e olha que estou de férias . rs
É a preguiça, ultimamente só malho, leio e durmo.
Mas espero que a minha criatividade volte, preciso escreve, porém minhas idéias estão confusas, ta dificil escrever, me organizar e me expressar. Vou esperar os bons ventos.
Enquanto me encontro impossibilitada de escrever, vou postar um belo texto de um amigo meu. Uma verdadeira obra de arte. Zé, adoro o modo que você escreve, a sensibilidade que você escreve e como você escreve.


Floresta de vidro

O colorido inexistente dos meus sonhos
Vira vidro e some frente a verdade
Meus anjos perdem para os meus demônios
E quando me dou conta já é tarde

As horas passam e nada disso muda
Beijo a lona e outra vez vou a nocaute
A verdade é cada vez mais absurda
E as mentiras carregam minha vontade

As nuvens se desmancham em infinito
Tudo que eu queria era sumir
Minha garganta se desfaz num grito
Mas sou eu mesmo, não há como fugir

As paredes se fecham ao meu redor
Mais ninguém parece me escutar
Por um instante eu me sinto melhor
Mas a melhora logo vai sem avisar

E o vidro dos meus sonhos que eram cor
Estalam e começam a quebrar
Frente à verdade, o verdadeiro horror
Um horror que só eu posso enfrentar

As nuvens se desmancham em infinito
Tudo que eu queria era sumir
Minha garganta se desfaz num grito
Mas sou eu mesmo, não há como fugir

Na floresta de cacos do que fui
Nos pedaços que eu tento em vão juntar
Percebo que é mais simples destruir
Do que se esforçar para criar

Com os pés arrebentados e sangrando
Percebo que não há como parar
Respiro fundo,sigo em frente, vou andando
Talvez um dia eu consiga me encontrar

As nuvens se desmancham em infinito
Tudo que eu queria era sumir
Minha garganta se desfaz num grito
Mas sou eu mesmo, não há como fugir
[Marcos Costa , O Zé do fundão]

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